sábado, 20 de agosto de 2011

A História do Lean Manufacturing

Muitas das ideias incluídas no conceito de Lean Manufacturing remontam a Frederic Taylor e aos seus conceitos de Scientific Management, por volta de 1910. Estes conceitos foram continuamente desenvolvidos e melhorados durante os 50 anos seguintes por Frank e Lilian Gilbreth (Estudo do Movimento, Motivação de Colaboradores), Henry Ford (O Modelo T e a Linha de Montagem), William E. Deming (Teoria de Amostragem, Qualidade e Produtividade), entre outros.

Com base nestas primeiras ideias, o conceito de Lean Manufacturing emergiu no Japão do após segunda guerra mundial. Em 1955, Taichii Ohno e Shigeo Shingo encetaram a tarefa de desenvolver um novo sistema de produção para a Toyota Motor Company nas instalações de Nagoya. Durante as duas décadas seguintes, os dois engenheiros fundiram vários conceitos retirados das religiões e filosofias asiáticas com os melhores conceitos existentes de produção (predominantemente americanos). O sistema unificado de alta produtividade e qualidade superior desenvolvido tornou-se o Sistema de Produção Toyota.

Durante os anos 60 e 70, o sistema ganhou proeminência por todo o Japão, e a prova do seu sucesso chegou aos Estados Unidos, principalmente sob a forma de exportações japonesas dos sectores automóvel e de electrónica. No final dos anos 70, vários empresários americanos e consultores de produtividade começaram a introduzir este sistema nos Estados Unidos.

Uma vez que a frase "Sistema de Produção Toyota" estava claramente identificada com um único produtor, procurou-se encontrar um nome mais aceitável para o conceito. Surgiu uma vasta gama de nomes, tais como "Just-in-Time Production", "World Class Manufacturing", Continuous Flow Manufacturing", etc.. Em 1990, James Wormack, um consultor de produtividade, escreveu um livro que se tornou popular, intitulado "A Máquina que Mudou o Mundo". Nesse livro usou o termo "Lean Manufacturing". Este termo acabou por se tornar no nome aceite por todos.

Durante os anos 90 e no início do novo século, o sistema espalhou-se por todos os Estados Unidos e pela Europa. Continua a mostrar-se um sistema capaz de gerar melhorias significativas, tanto em termos de produtividade, como de qualidade. E não aparenta sinais de desaceleração.

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